terça-feira, 24 de maio de 2011

Back to the Future: The Game - Episode 4: Double Visions - Review

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É hora de novo episódio de Back to the Future: The Videogame. Se você não se lembra, este é um jogo que adapta as aventuras do filme De Volta para o Futuro, clássico dos anos 80, de forma bem fiel. Na verdade, o jogo não segue a história dos três filmes da saga, ele é baseado em uma aventura original. Interprete-o como se fosse o ''De Volta para o Futuro 4'', por exemplo, e você terá uma noção do que é este novo segmento.
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Produzido pela Telltale Games, o título se passa algum tempo depois do último filme e traz de volta o herói Marty McFly aos holofotes. O jovem começa suas aventuras sem o Doc Brown, que até então estava sumido de Hill Valey e com os bens prestes a serem penhorados. Marty, porém, reencontra o DeLorean, veículo convertido em máquina do tempo que foi destruído no último filme, e segue em busca do bom doutor, lá para os anos 30.
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A partir daí, Marty se envolve em confusões que, claro, mexem com a linha temporal e alteram a realidade no futuro, passado e presente. Interagindo com uma versão mais nova de Emmett Brown, o jovem viajante do tempo encara até mafiosos em suas aventuras nos dois primeiros episódios, em um total previsto de cinco.
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Ok, já fizemos uma boa recapitulação para aqueles que não jogaram os dois primeiros episódios. Mas, afinal, que raio de jogo é esse? Como funciona? Lembra, de alguma forma, aqueles fatídicos games de De Volta para o Futuro? Nem de perto. Este aqui segue o estilo de apontar e clicar, como é costume nos jogos da produtora Telltale Games. Além de ser episódico, claro.
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O episódio 4 – Double Visions – mantém a jogabilidade padrão da série e padrão também de boa parte dos jogos da Telltale. Vale apontar e clicar com o mouse em busca de pistas para resolver enigmas e avançar pelo jogo. Mas, calma, os enigmas não são forçados. Não há quebra-cabeças tipo Tetris ou algo assim. Se você não está acostumado com um jogo do estilo adventure, saiba que a história avança com o raciocínio do jogador, onde os impasses são resolvidos com ações naturais.
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A história de Double Visions, porém, dá uma caída em relação aos episódios anteriores. Se o forte aqui é o enredo, então podemos dizer que este episódio foi um pouco fraco, além de confuso. Tudo começa de onde o capítulo anterior termina (jura?), quando Marty McFly está preso nas instalações do ''Cidadão Brown'' e está para passar por um tipo de tratamento de choque, com direito a lavagem cerebral para apagar suas memórias de ''delinquente juvenil''. Claro que tudo isso é ideia de Edna Strickland, personagem que estreou neste game e acabou se casando com o Dr. Brown em uma realidade alterada de 1985, o ano original das aventuras de Marty.
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O jogador logo escapa de toda a confusão, levando consigo esta versão do Dr. Brown que, apesar de ter se casado com Edna, ainda é o cientista brilhante que sempre foi e entende de diversos assuntos, inclusive de como reparar o DeLorean que foi danificado (sim, a partir daí ficamos com dois Doc Brown na linha do tempo de 1931. Onde estará o outro? Mistério!). A dupla, em seguida, vai para... 1931! Sim, voltamos novamente ao cenário predominante desta série, o que pode não agradar a todos. Na verdade a uma grande maioria.
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Como citamos nas análises dos capítulos anteriores, a repetição de 1931 soou cansativa já no segundo episódio. Após ver um cenário totalmente diferente no episódio 3, ficou bem estranho voltar para uma ambientação que estamos, talvez, cansados de ver. Fica ainda a dura pergunta para a Telltale: onde está o futuro em De Volta para o Futuro?
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Justamente por conta do mesmo cenário, este episódio não passa tanto um teor de novidade. A história não fica forçada, se torna até natural este retorno, já que Marty precisa corrigir a linha do tempo onde Doc se casa com Edna. Mas a coisa poderia ser mais simplificada, para conferirmos outro cenário ainda neste episódio, não é o caso.
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Apesar da repetição de época, este capítulo de Back to the Future nos apresenta novos ambientes de 1931, como uma feira de ciências e uma nova visão do laboratório do jovem Emmet Brown, que também retorna por aqui.
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O ambiente da feira de ciências é um dos mais amplos já vistos até aqui na série, o que vai levar o jogador a demorar um pouco mais na resolução dos desafios - mesmo para os jogadores que usam e abusam do sistema de dicas fornecido pelo jogo. Mas, isso não quer dizer que as resoluções estão mais complicadas, elas apenas são mais demoradas de se encontrar. Na verdade, elas podem até soar meio repetitivas, já que utilizam lógicas muito parecidas com o que vimos nos capítulos anteriores.
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Um ponto bem legal que reparamos neste episódio é que Marty, enfim, resolveu citar a família de Doc Brown. Se você estava incomodado por não terem lembrado de nada disso no primeiro capítulo, sinta-se aliviado. Afinal, o terceiro filme terminava com Emmet Brown tomando seu rumo com sua nova família, com o trem que viajava no tempo (afinal o DeLorean estava destruído). Entre tantos detalhes que a Telltale pareceu se preocupar em inserir, este era um que fazia falta. Erro corrigido!
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Não cabe tanto falar da parte gráfica, já que ela continua a mesma do primeiro episódio até aqui. Mas, se você não conhece tanto os jogos da Telltale, saiba que a coisa não é tão evoluída graficamente falando. O jogo é bonitinho, o design é bem criativo – com personagens caricatos – mas tudo é bem simples. Para se ter uma ideia, o game roda bem até mesmo em computadores com placa de vídeo integrada. Claro que com todas as configurações no mínimo. A dublagem e trilha sonora, como sempre, é deveras empolgante.
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Resta um único episódio para a conclusão da saga que, segundo a Telltale, chega em junho. A produtora prometeu ainda mostrar diversas linhas de tempo neste próximo capítulo, que promete ser o maior de todos. Será? De qualquer forma, Double Visions parece ser a ''calmaria antes da tempestade'', já que é o episódio mais morno até aqui. O fato de haver poucas novidades na história, pouca variação nos puzzles e a repetição do cenário pode chatear alguns jogadores. Mas, se já chegamos até aqui, que tal continuar a saga? Até junho!
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