segunda-feira, 7 de março de 2011

Análise - Resident Evil 5

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Resident Evil 5 é a seqüência da renomada franquia que criou o gênero "horror survival" (ação com elementos de terror). O título segue uma mecânica bastante semelhante ao seu antecessor, com um sistema de movimentação e mira que favorece o combate. Os inimigos, conseqüentemente, vão ser mais rápidos, espertos e numerosos.

Takeuchi visa com isso criar um efeito que não deixe o fã frustrado, muito pelo contrário, ele quer que o jogador sinta o medo do escuro a cada ambiente que ele entre ou saia. Misture isso com o uso da pistola do jogo para ter uma noção de o quão interessante o jogo pode ficar.

O efeito é semelhante ao visto em Resident Evil 4, mostrando Chris ao lado da tela. Os novos trailers também mostraram que os inimigos estão mais agressivos e que Chris também poderá utilizar mais do que as armas para se defender! A Capcom chegou a mencionar que armas reais estão sendo usadas na produção, para tornar as coisas ainda mais reais!

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A trama desta vez se passa na Somália, em um vilarejo situado em um deserto. O protagonista, Chris Redfield (o mesmo do primeiro jogo da série), é membro de uma organização e investiga lá estranhos acontecimentos ocorridos dez anos após os eventos em Racoon City — narrados pelos três primeiros Resident Evil.

A principal novidade implementada em Resident Evil 5 é a forma como Chris reage aos ambientes. Ao se expor muito tempo ao Sol, por exemplo, você passa a ter alucinações e, ao passar abruptamente de um ambiente cuja iluminação é muito clara para um local escuro (ou vice-versa), a visão é prejudicada por alguns momentos.

Quando o jogo arranca pela primeira vez, podemos ver de imediato o trabalho realizado pela Capcom no departamento gráfico de Resident Evil 5. O gráfico são sem dúvida do melhor que já se viu nesta geração. 

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Os personagens têm um detalhe físico excepcional, sendo que se nota que a captura de movimentos foi muito bem trabalhada. Os cenários estão igualmente muito detalhados e com pormenores soberbos, desde as casas degradadas, passando pelos interiores decadentes com os já clássicos cadáveres deixados estrategicamente de forma a deixar o jogador numa posição desconfortável em relação ao horror que vai enfrentar a seguir. Com grande destaque surgem também os novos e melhorados efeitos de luz que confere um ambiente tão ou ainda mais pesado que a escuridão dos antigos títulos.

No departamento da jogabilidade é que surge para alguns o grande calcanhar de Aquiles deste título. Tal como os vídeos mostravam e a demo deixou antever, não existe de facto “Run and Gun” (correr e disparar) neste jogo. Cada vez que fazemos mira, a personagem pára no sítio onde se encontra deixando-a livre para apontar. Se para alguns isto é um passo atrás, a verdade é que, no fundo, este sistema é um toque de génio.

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Resident Evil sempre foi um jogo que fez de tudo para causar uma sensação de desconforto ao jogador e o mesmo acontece em Resident Evil 5, a escolha entre disparar ou correr tem de ser bem medida e pensada estrategicamente, dando uma maior sensação de urgência e de pânico quando nos sentimos rodeados, o mesmo medo que a série sempre quis fazer o jogador sentir ao longo de cada novo título. Este sistema obriga a pensar de forma estratégica para nos dar hipótese de sobrevivência.

A jogabilidade sofre uma nova grande modificação com a adição da nova colega, Sheva acompanha Chris durante toda a aventura, servindo tanto de camarada de armas como exploradora de áreas inacessíveis, até de auxilio, quando a nossa vida é retirada por um qualquer golpe e precisamos de ser curados urgentemente.

ogar juntamente com as duas personagens abre um leque alargado de possibilidades,  é possível flanquear os habitantes de Kijujo, deixando-os confusos quanto ao alvo a escolher, ou no caso de uma das personagens ser agarrada em combate, a outra pode prestar auxílio dando um forte golpe de punho ou pontapé no inimigo (o golpe varia consoante o terreno ou o tipo de zombie).

É possível trocar munições entre os colegas ou vida, novamente apanhada em forma de ervas como nos jogos anteriores, que se convertem agora automaticamente em spray de primeiros socorros, que curam ambas as personagens, quando usados em proximidade.

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Mesmo com a diversão que Resident Evil 5 proporciona a nível do Single-Player, é em Multiplayer que este jogo brilha, quer através de duas pessoas na mesma consola com ecrã dividido ou pelo Online. Por muito boa que seja a Inteligência Artificial da colega, nada melhor do que partilhar a demanda com outra pessoa, sendo que o jogo permite percorrer toda a aventura em Multiplayer, e se tiverem com quem jogar, Resident Evil 5 torna-se ainda melhor.

A nível de áudio, podemos finalmente falar bem de Resident Evil, neste título não existem falas deprimentes e mal realizadas como nos primeiros jogos da série (As falas de Jill no primeiro Resident Evil são um clássico). As vozes estão muito boas e são coerentes, especialmente no caso de Chris e Sheva. Quando não há falas, há sempre os grunhidos dos zombies e o som das armas, que tal como as vozes estão bastante bons.

O ponto mais fraco aqui vai mesmo para uma ou outra personagem mais fraca, como o caso de Ricardo Irving, um comerciante de armas, que tem a pior do voz do jogo, o que parece ser quase propositado tendo em conta a sua figura e frases ridículas, mesmo assim não é algo que seja perturbador.

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Que mais pode ser dito sobre Resident Evil 5? Os gráficos são excelentes, a jogabilidade é muito boa e divertida, nunca fartando ao longo das quase 10 horas de jogo no modo história, que vão de certeza querer repetir. As Cutscenes são fantásticas e bem realizadas com, mais uma vez, a boa voz das personagens principais a complementarem o ambiente e por vezes somos presenteados com alucinantes sequências de perseguição a bordo de veículos.

Para vos deixar ainda mais tempo imersos neste mundo existe o modo Mercenaries, desbloqueado após o fim do jogo, onde, tal como nos jogos anteriores, lutamos contra os zombies em áreas cronometradas com o objectivo de ganhar pontos, posteriormente colocados num ranking Online, não esquecendo que este modo também pode ser partilhado com um amigo em Co-op.

Resident Evil 5 é um jogo fenomenal. Não desilude e faz tudo aquilo que é pedido a todos os jogos, e cada vez há menos que o cumprem, ser uma experiência divertida, empolgante e recompensadora.

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Pode ser um choque para os mais puristas da série e para todos os fãs de jogos na terceira pessoa em constante movimento como Gears of Wars, mas nenhum desses pequenos pormenores o impede de ser a todos os níveis (inclusive visual) um sério candidato a melhor jogo dos tempos.

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